Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average avançou 0,03%, ao contrário do tecnológico Nasdaq, que recuou 0,56%, e do alargado S&P500, que cedeu 0,34%.

A evolução das ações foi afetada também pela subida dos rendimentos obrigacionistas a 10 anos, que voltaram a atingir os 4% em sessão, o que acontece pela primeira vez desde meados de dezembro.

Entre os indicadores que influenciaram as trocas estiveram os relativos aos preços em França e Alemanha, cuja subida leva a antecipar que o Banco Central Europeu não vai aliviar em breve a sua política monetária.

Quanto à economia dos EUA, “os pedidos semanais de subsídio de desemprego recuaram de forma inesperada e as contratações no setor privado, segundo o gabinete ADP, foram superiores às esperadas”, resumiu Karl Haeling, da LBBW, interrogado pela AFP.

Aqueles pedidos recuaram em 18 mil, para 202 mil, o nível mais baixo desde há três meses, para surpresa dos analistas.

Já as criações de empregos no setor privado em dezembro, segundo o inquérito mensal ADP/Stanford Lab, excederam as expectativas, ao atingirem as 164 mil, mais do que as 114 mil esperadas, o que indica que o mercado de trabalho continua dinâmico.

O relatório oficial sobre o emprego é esperado na sexta-feira. Os economistas antecipam uma criação de 162 mil empregos em dezembro, menos do que em novembro, quando foram 199 mil, e uma subida da taxa de desemprego, de 3,7% para 3,8%.

“O facto é que, para que os investidores tenham a baixa da taxa de juro [pela Fed] que já estão a incorporar nas cotações, desde logo a esperada para março, é preciso que as estatísticas económicas comecem a mostrar mais fraqueza”, adiantou Karl Haeling.

Patrick 0’Hare, da Briefing.com, disse, por outro lado, que se nota “uma certa ansiedade que aumenta à medida que se começa a pensar que a Fed não vai reduzir a taxa de juro como previsto”.

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