Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, neste 8 de masrço, a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) realizou sessão solene para entrega do Certificado do Mérito Legislativo a mulheres que prestam serviços relevantes à sociedade goiana. O requerimento que deu origem à homenagem foi apresentado pelo presidente da Casa, deputado Bruno Peixoto (UB).A solenidade, na noite dessa quinta-feira, 7, teve lugar no Plenário Iris Rezende Machado, que ficou lotado, principalmente por mulheres de diversas áreas de atuação.

Na mesa dos trabalhos, além do propositor da homenagem, tomaram assento: a empresária Luciene Gontijo Peixoto, esposa de Bruno Peixoto; a presidente do Instituto Mulheres de Alto Valor, Bruna Tomazetti; a ex-senadora Lúcia Vânia; e a servidora da Secretaria de Estado da Saúde, psicóloga Kelly Santos Figueiredo Ribeiro.

Os homens também foram convidados a compor a mesa. O diretor-executivo da Presidência da Alego, Rubens Kirstein Jr.; os vereadores por Goiânia Kleibe Morais (MDB) e William Veloso (PL); e o secretário de Saúde e Meio Ambiente do Trabalho da Casa de Leis, Eduardo Bernardes Alves, que representaram a classe masculina.

Abrindo os discursos da noite, Eduardo Bernardes falou da felicidade de participar de uma homenagem às mulheres goianas. Ele ressaltou que o dia era especial por reconhecer mulheres que fazem a diferença na vida das pessoas e na sociedade. “Ao longo da história, mulheres têm desempenhado papéis fundamentais em diversas áreas, seja na ciência, na política, na arte, no ambiente empresarial ou em casa.”

Bernardes destacou que, independentemente da área, as mulheres têm demonstrado uma capacidade única de superar obstáculos e enfrentar desafios com sabedoria. E citou a importância de valorizar o trabalho árduo das mulheres, muitas vezes feito sem reconhecimento. “Hoje celebramos a coragem das mulheres que têm lutado por igualdade, justiça e direitos iguais para todos.”

Em seguida, o cantor Alessandro Nascimento interpretou a música “Can’t Help Falling In Love”, eternizada na voz de Elvis Presley.

Conquistas

Em seu discurso, Luciene Gontijo lembrou que a homenagem celebra grandes conquistas alcançadas pelas mulheres, mas que a luta é árdua e que a mulher se equilibra nos papéis de mãe, esposa e profissional. Ela sublinhou que a mulher tem conquistado seu espaço no mercado de trabalho, com competência, talento e dedicação. E ressaltou que muitas já conseguiram alcançar postos de liderança.

Para ela, as mulheres estão mais conscientes dos seus direitos e da sua capacidade,e disse acreditar que a data também marca um momento de reflexão. “A igualdade de gênero ainda é um objetivo a ser completamente alcançado. O preconceito ainda é um problema a ser integralmente desconstruído. E preconceito, associado à discriminação, constitui a base da violência que segue sendo praticada contra a mulher. Nossos salários ainda insistem em ser desiguais.”

A empresária destacou o espírito solidário das mulheres, que lutam também por aquelas que estão em situação de vulnerabilidade, que se encontram à margem das conquistas já consolidadas. “Enfim, ainda temos um longo caminho a ser percorrido, mas não vamos desistir nunca. Precisamos lutar pela igualdade, sem preconceito de cor, raça e poder aquisitivo. E nós podemos. É só acreditar e precisamos conscientizar e ir à luta. Nós temos uma determinação que nos distingue. Parabéns a todas vocês.”

Transformar dores

Após mais uma apresentação do cantor Alessandro Nascimento, a presidente do Instituto Mulheres de Alto Valor, Bruna Tomazetti, fez uso da palavra. A psicóloga revelou que a entidade que preside nasceu com o intuito de cuidar de outras mulheres, de ajudar a transformar suas dores em projetos. “Muitas vezes nós nos deparamos com dores muito veladas que não podem ser colocadas ‘no palco’, porque vão estragar outras situações. Dores que não vão chegar às delegacias, aos comandos, aos consultórios.”

Na sequência a psicóloga Kelly Santos Figueiredo Ribeiro recebeu o Certificado do Mérito Legislativo e, em seguida, também falou em nome das homenageadas. A servidora pública disse que estava muito honrada em receber o reconhecimento do Legislativo goiano.

Kelly explicou o trabalho desenvolvido pela igreja a qual frequenta, em prol das mulheres. Entre as ações destacadas está a doação de um mamógrafo digital para a Maternidade Dona Iris, em Goiânia. “Nós como mulheres utilizamos da nossa sensibilidade para poder perceber a necessidade das pessoas e nos mover no sentido de proporcionar bem-estar.”

Antes da entrega dos certificados a outras homenageadas, Bruno Peixoto fez um balanço das ações da Assembleia Legislativa, na defesa das mulheres, sendo a principal delas, a criação da Procuradoria da Mulher, que é um serviço de apoio à mulher, especialmente aquelas que são vítimas de violência doméstica. “Nós acolhemos, com todo sigilo necessário. Damos todo apoio. Seja na área da saúde, jurídica, encaminhamos ao mercado de trabalho e, se necessário, para casas de acolhida. E exigimos das autoridades o cumprimento da lei.”

Também destacou que na Alego a equiparação salarial entre homens e mulheres e o combate ao assédio são determinações da atual gestão.

O presidente ainda fez a entrega de rosas às mulheres que compuseram na mesa dos trabalhos. “Essa flor, nesse momento, representa o nosso amor, o nosso carinho e o nosso agradecimento. Para você, mulher. Para você, mãe. Para você, esposa. Para você, profissional. Para vocês que cuidam do nosso mundo. Para vocês que merecem todo nosso respeito. E que junto tornaremos, cada dia mais, uma cidade, um estado melhor e igual”.

História

O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, é uma data comemorativa que foi oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU), na década de 1970. Essa data simboliza a luta histórica das mulheres, para terem suas condições equiparadas às dos homens. Inicialmente, essa data remetia à reivindicação por igualdade salarial, mas, atualmente, simboliza a luta das mulheres não apenas contra a desigualdade salarial, mas também contra o machismo e a violência.

O dia tem como origem as manifestações das mulheres russas por “Pão e Paz” – por melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada do País na Primeira Guerra Mundial. Essas manifestações marcaram o início da Revolução de 1917. Entretanto, a ideia de celebrar um dia da mulher já havia surgido desde os primeiros anos do século 20, nos Estados Unidos e na Europa, no contexto das lutas de mulheres por melhores condições de vida e trabalho, bem como pelo direto do voto.

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